Oi, Fábio! Tudo bem?
Ótimo ponto trazido, a ideia de colocar regras de negócio dentro das entidades pode parecer estranha no começo, mas podemos listar algumas vantagens significativas:
Encapsulamento: Ao colocar as regras de negócio dentro da entidade, estamos encapsulando o comportamento junto com os dados, o que significa que qualquer modificação ou verificação relacionada à entidade está centralizada, o que facilita a manutenção e evolução do código.
Coesão: As entidades com métodos que implementam regras de negócio são mais coesas, elas têm um propósito claro e todas as operações que podem ser realizadas sobre elas estão bem definidas dentro da própria classe.
Proteção da Invariância: As entidades podem garantir que nossas invariantes (regras que sempre devem ser verdadeiras) sejam mantidas. Por exemplo, se temos uma regra que não pode haver mais de um certo número de ingressos de um tipo, a entidade pode garantir isso diretamente.
Legibilidade e Clareza: Colocar as regras de negócio dentro da entidade pode tornar o código mais legível e claro, quem ler o código saberá exatamente onde procurar as regras relacionadas a uma entidade específica.
Já os use cases (casos de uso) são uma ótima maneira de organizar a lógica de aplicação, mas eles geralmente lidam com a orquestração de várias entidades e serviços. As regras que são específicas de uma entidade e que não dependem de outras entidades ou serviços são melhores colocadas dentro da própria entidade.
Por exemplo, se precisarmos verificar a disponibilidade de ingressos antes de aumentar o número, essa lógica pode estar em um use case, mas a lógica de aumentar o número de ingressos em si pode estar na entidade Evento
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Espero ter ajudado!
Um forte abraço e bons estudos!