Concordo, e estou sentindo falta disso. Situações práticas, comentários mais aprofundados e férteis. Por exemplo, o instrutor fala diversas vezes que agora temos um gráfico mais interessante, mas não diz o porquê dele ser mais interessante. Quais os insights de negócios que se pode observar por trás (ou mesmo pela frente) das análises? O que os diferentes gráficos significam, além do óbvio? O óbvio está na cara de qualquer um. Quero saber o que não é óbvio. Nos gráficos de vendas, em que o instrutor menciona uma tendência de aumento das vendas, o aumento é óbvio, mas as curvas de crescimento, são menos óbvias. A curva de aceleração do crescimento demonstrando uma freiada, poderia resultar em uma análise mais aprofundada. Outro exemplo, a autocorrelação forte e positiva de uma váriável indica o quê? Se a autocorrelação for negativa, indica o quê? Cadê os insights? Fico bem desanimada com esse enfoque que o colega Marcelo menciona, de livrinho de matemática do colégio. Fica sem aplicação prática numa verdadeira Ciência de Dados. Fica muito sem sabor.
Se formos apresentar uma análise dessas, qualquer delas, a um executivo de empresa, e dissermos:
- Ah, aqui aparece uma forte autocorrelação da variável aumento das vendas, com ela mesma!
Qualquer executivo ou cliente vai responder:
- Ok, e daí? O que isso significa em termos práticos?
Se respondermos:
- Bem, isso quer dizer que essa variável se correlaciona fortemente com ela mesma, até abril, e depois a autocorrelação diminui.
O executivo vai continuar perguntando:
- Tá, e daí? O que isso interessa para o meu negócio?
E nesse caso, vamos ficar sem respostas, e eles vão continuar perguntando "E dai?", porque a associação com a prática não está acontecendo no curso.
Primeiro, os casos são montados artificialmente, com dados criados randômicamente ou com intenção de representar curvas mais ou menos pré-concebidas. São conjuntos de dados fake, que não representam casos reais.
Poxa, dava para incrementar muito esses cursos de vocês. Dava pra acrescentar o gostinho da realidade, a riqueza dos casos reais.
A mim, não importa muito, o quanto de técnica que o instrutor tem, mas sim o savvy da experiência prática, do pensamento analítico aplicado, das dicas que não se encontra em outros cursos. Esse tipo de coisa é o que faz um curso ser memorável.
Na verdade, vou aproveitar e fazer um comentário próprio, pra receber alguma resposta pessoal, ou quem sabe, para alertar os gestores dos gaps que estamos sentindo no conteúdo.