Oii Camilo, ótima pergunta!
Por que desabilitar o Eureka Client?
Nessa parte do curso, o objetivo do capítulo não era trabalhar ainda com a arquitetura completa de microsserviços (com descoberta, gateway e tudo mais). A ideia era isolar a aplicação de pedidos para que possamos focar apenas em aprender o uso do Docker: como empacotar, rodar em containers e conectar ao banco de dados via container MySQL.
Se o Eureka Client ficasse habilitado, a aplicação tentaria automaticamente se registrar no Eureka Server (que roda em outra porta). Isso traria duas complicações:
- Seria necessário subir o Eureka Server e o Gateway, só para conseguir rodar um único microsserviço.
- Isso desviaria o foco do aprendizado do momento, que é a conteinerização.
Por isso, desabilitar o Eureka Client torna a aplicação mais “independente”: ela passa a se comportar apenas como uma API REST simples, que você pode chamar diretamente na porta padrão.
E no mundo real, como funciona?
Na prática, em um ambiente de trabalho:
- Fase inicial (dev/teste isolado): É comum subir um microsserviço sozinho, sem precisar da comunicação com o resto da arquitetura, só para validar se ele funciona e se conecta ao banco. É exatamente o que estamos simulando no curso.
- Fase de integração (arquitetura completa): Quando a aplicação já está conteinerizada e pronta para subir em conjunto com os outros serviços, aí sim você habilita novamente o Eureka Client. Nesse ponto, cada microsserviço se registra no Eureka, o Gateway orquestra as requisições e a arquitetura distribuída começa a funcionar de verdade.
Espero ter te ajudado.
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