Olá! Tudo bem?
Você levantou uma questão muito interessante sobre a relação entre a configuração de beans e a aderência aos princípios da Clean Architecture.
De fato, um dos pilares da Clean Architecture é manter as camadas internas independentes das camadas externas, o que inclui não depender de frameworks específicos.
Quando você anota seus use cases com @Service
e utiliza @Autowired
, você está, de certa forma, acoplando sua lógica de negócio ao framework, que no caso parece ser o Spring. Isso pode, sim, criar dificuldades se você precisar migrar para outro framework no futuro, pois essas anotações são específicas do Spring.
Uma prática mais alinhada com a Clean Architecture seria usar injeção de dependência manual ou por interfaces, mantendo assim a camada de negócio independente do framework. Por exemplo, você pode definir interfaces para seus use cases e usar uma classe de configuração para instanciar e injetar essas dependências. Dessa forma, a lógica de negócio não precisa conhecer o framework que está sendo usado.
Aqui está um exemplo simplificado de como isso poderia ser feito:
public interface UseCase {
void execute();
}
public class MyUseCase implements UseCase {
@Override
public void execute() {
// lógica do caso de uso
}
}
// Configuração manual
public class UseCaseConfig {
public UseCase myUseCase() {
return new MyUseCase();
}
}
Com essa abordagem, você mantém a lógica de negócio desacoplada do framework, facilitando futuras migrações ou mudanças.
Espero ter ajudado e bons estudos!
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