2
respostas

"Desperdício" de IPs públicos. Configuração comercialmente viável.

Prezados, durante o curso foi mencionado que o ISP compra os IPs públicos dos órgãos governamentais. Considerando que, para montar um ponto de acesso com um cliente nos moldes apresentados (usando máscara 255.255.255.252) ele utiliza 4 IPs (rede, broadcast, origem do link e destino do link) para cada cliente distinto (residencial, por exemplo).

Obviamente, do ponto de vista didático, fica bastante claro o procedimento e o motivo para as configurações efetuadas, mas suspeito que esta não seja a forma comercialmente utilizada para conexões.

Apenas a título de curiosidade, eu pergunto: qual seria a forma mais econômica de distribuir IPs, ou que fosse comercialmente viável? Sei, por exemplo, que meu provedor fornece IPs por DHCP. Isso significa que há uma rede "macro" de IPs públicos no meu provedor? E meu roteador faria parte dessa rede, estou correto?

Se possível, gostaria de uma breve explanação sobre a distribuição de IPs públicos, do provedor aos clientes, sob o ponto de vista comercial.

Obrigado pela atenção.

2 respostas

Olá Renato!

As telecoms costumam comprar grandes faixas de IPs e distribuir seus IPs em uma certa proporção de residências (ou salas comerciais) em algumas ruas. Em alguns postes estão os roteadores onde liga a telecom ao cliente.

Mas essa quantidade de IPs geralmente é limitada a apenas alguns para o raio de alguns metros. Muitas vezes, ao tentar contratar um serviço de internet, o cliente é informado que não tem porta disponível.

Essa quantidade de IPs é distribuída, provavelmente, pelo poder aquisitivo da área, quantidade de possíveis clientes e outros fatores demográficos.

Mesmo limitando a quantidade de IPs em uma região para o uso do produto premium da telecom, como a fibra, tem IPs que são vendidos para outras empresas e muitas vezes esses links são usados para distribuir internet a rádio.

Nunca trabalhei em uma telecom, mas pelo que já conversei com pessoas e pelo que já estudei, essa foi minha conclusão.

O que acha disso?

Fabiano, obrigado pelos esclarecimentos.

Adicionalmente, estou curioso com a topologia utilizada na distribuição dos IPs dentro de uma região (rua ou quarteirão, por exemplo). No curso, o Rafael exemplifica o acesso ao provedor criando uma subrede exclusiva (máscara /30) para conectar a empresa ao provedor, o que suspeito ser inviável (gastar 4 IPs em vez de 2 para cada interface com cada cliente). Apontei, como exemplo, o meu caso, que recebo endereço IP público por DHCP, o que sugere uma estrutura nos moldes de uma WAN, talvez.

Sendo esse o caso, quais seriam as distinções de uma configuração LAN, como já vimos (contendo DHCP para endereços privados, VLANs, servidores internos e roteadores de borda) para essa rede do provedor de serviços? Como seria a segmentação dessa rede? Seu roteamento? Os endereços IP usados são públicos o tempo todo ou há alguma espécie de NAT de segundo nível? Em nível físico, sei que os sinais/pacotes são multiplexados, mas como funciona nas camadas 2 e 3?

Agradeço quaisquer comentários adicionais.