Na realidade que observo na minha organização, há um equilíbrio entre colaboração e a tendência de cada equipe se concentrar no seu próprio núcleo de atuação. Embora existam momentos em que pessoas de diferentes funções trabalham juntas — principalmente quando há demandas mais complexas que envolvem várias etapas do processo —, ainda é comum perceber que cada área mantém um certo “território” e rotina própria, priorizando as responsabilidades diretas do seu setor.
O foco, muitas vezes, se volta mais para o cumprimento de metas e interesses internos de cada equipe do que para a visão completa da cadeia de valor. Isso pode gerar situações em que o objetivo final — a entrega ao cliente — fica um pouco fragmentado, pois cada parte do processo se preocupa em atingir seus indicadores, sem sempre enxergar como isso impacta o todo.
Quanto à passagem de tarefas ou “semiacabados” entre áreas, existe colaboração em alguns casos, especialmente quando há alinhamentos prévios ou protocolos bem definidos. Porém, em outros, o fluxo se assemelha mais a “passar por cima do muro” — uma entrega feita apenas para cumprir a etapa, deixando que o próximo setor lide sozinho com possíveis ajustes ou problemas. Isso, por vezes, gera retrabalho, atrasos e comunicação truncada, reforçando a importância de uma visão mais integrada e orientada ao produto final.