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Como fica nesse caso do "não" com a empatia?

Tenho um "pequeno" e "grande" defeito. Tenho muita empatia pelas pessoas. Fico até meio "constrangido" em dizer "não". Pois sei o quanto deve ser difícil dizer esta palavra de três pequenas letras apenas, mas que pode fazer um "castelo" desmoronar. Diante deste fato, ser empático pode interferir em dizer "não" para alguém ? Ou devemos analisar a pendência da balança ?

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solução!

Olá Jefferson, tudo bem?

Entendo o que você está falando. Por vezes queremos abarcar o mundo com os dois braços e abrimos mão até de nossas próprias vontades e próprios desejos. Isso, acredito, em algum nível, pode ser salutar. Sinto que se exageramos ao ponto de perder nossa identidade, ou seja, não ter vontades nem posicionamentos próprios, isso pode ser negativo para gente mesmo.

Na prática da empatia nos colocamos no lugar do outro e imaginamos o que a outra pessoa passa quando nos pede algo. A partir disso, nos podemos ou não ceder. Um ponto interessante é : dizer não a alguém pode também ser um ato empático.

Um exemplo que sei disso é o que aconteceu com a Tamara Klink. Ela é uma jovem que foi a primeira mulher a cruzar o oceano atlântico. O seu pai é Amyr Klink, um grande navegador e o primeiro homem a atravessar o atlântico por remo. Tamara sempre quis realizar os feitos do seu pai, mas, durante essa jornada, recebeu muito nãos de seu pai. Ela pedia conselhos sobre equipamentos, ele não respondia... ela pedia para ele ensinar a ler carta marítima, ele não ensinava... Para ela foi muito frustante no começo, mas isso foi um ponto-chave de virada que fez ela descobrir a si mesma, ir atrás das suas próprias perguntas e abrir os seus próprios caminhos. Foi o caminho de erro e acerto que fez ela ser tornar quem ela é hoje, e tudo isso só foi possível a partir dos diversos não que recebeu durante sua caminhada, inclusive do seu próprio pai. Ela reconhece hoje que seu pai foi primordial para ela ser quem ela é, e agradece o pai dela por fazer o que ele fez.

A lição que fica é : Quando as coisas são entregues na bandeja, podem perder o valor ou podem não gerar um resultado positivo para a pessoa que recebe.

Então fica a reflexão... queria você, receber esses nãos que podem mudar a vida de uma pessoa e pode construir castelos? Assim, podemos reconhecer e perceber quando um desses nossos nãos ditos podem ser um impulsionador.

Agradeço sua pergunta e espero ter gerado alguma reflexão !

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