Solucionado (ver solução)
Solucionado
(ver solução)
2
respostas

Como fazer uma proposta para desenvolvimento de software no método ágil?

Olá.

Entendi a diferença entre o método Waterfall e Agile.

Olhando para a parte de gestão do projeto de software, realmente o Agile faz mais sentido, principalmente por lidar melhor com mudanças ao longo do desenvolvimento e por conseguir validações do cliente mais rapidamente.

Agora, olhando para a parte comercial, como as empresas que trabalham com Agile fazem para precificar suas propostas?

Exemplo: o cliente quer desenvolver um sistema web de gestão para o seu negócio que controle seu estoque, que pode estar localizado em seu galpão e no CD de plataformas de e-commerce. Quer dashboard com diversas informações financeiras, de vendas e estoque; precisa integrar com soluções de terceiros e coisas do tipo. Precisará de relatórios gerenciais e controlar seu processo de compras.

Nesse caso, como é feita a precificação? Poderiam dar um exemplo?

2 respostas
solução!

Bruno, esta questão é muito recorrente, importante e há diversas maneiras de tratar o assunto.

A primeira coisa a observar é que qualquer valor dado a priori é uma estimativa (sempre com bastante risco), ou seja, uma faixa de valores (por exemplo: "este software deve custar de 500.000 a 800.000"). Isto muitas vezes não resolve o problema da proposta comercial, mas vejamos outros pontos:

1 - Uma alternativa é dizer ao cliente que o software vai custar quanto ele quiser investir. Por exemplo, se ele tiver 600.000 destinados para o investimento, é este o valor. Quanto a o que vai ser entregue para os 600.000, a resposta é: "o máximo possível de itens, lembrando que o escopo é aberto (pode receber constantemente mudanças) e será priorizado para ser construído o que mais adicionar valor ao negócio". Atingido os 600.000, o desenvolvimento se encerra. Claro que coisas ficarão de fora, mas serão as menos prioritárias.

2 - A melhor alternativa é não trabalhar com preço fechado (pois o escopo não o é) e colocar uma equipe dedicada ao produto em caráter permanente. Aí, o cliente poderá dizer: "Ah, mas isto é um projeto sem fim!", ao que respondemos: "não estamos falando de projeto, mas sim de ciclo de vida de produto, que não é como um projeto que tem duração menor". Nas fases iniciais, a equipe pode ser maior, para dar mais ritmo, e depois ser reduzida para fazer a necessária sustentação. Que ninguém se iluda: software nunca fica pronto de verdade (a menos que não esteja sendo usado) e sempre vai exigir uma equipe para cuidar.

O item 1 exige algo chamado confiança na equipe.

O item 2 exige algo chamado visão de produto (em vez de visão de projeto).

Confiança e visão correta do que seja um software são mercadorias escassas, mas milagre não existe.

Como podemos ver, o desafio é enorme, mas há caminhos.

Bom dia, Roberto.

Muito obrigado pelo esclarecimento, fez muito sentido.

Abraço!

Quer mergulhar em tecnologia e aprendizagem?

Receba a newsletter que o nosso CEO escreve pessoalmente, com insights do mercado de trabalho, ciência e desenvolvimento de software