Fala, Lucas
Tudo bem?
Não sei se entendi corretamente a sua dúvida, mas os poros - no processo de separação de frequências - servem como referências visuais para a criação da camada de baixa frequência. A ideia é usá-los para avaliar se a quantidade de desfoque gaussiano necessário para o tratamento da imagem está correto. Quando os poros desaparecerem da pele do modelo, signfica que o desfoque está certo e não é necessário ir além; se os poros ainda estão visíveis é preciso aumentar o desfoque.
Quando esta camada de baixa frequência for sobreposta pela camada de alta frequência - como mostrado no vídeo - os poros passarão a estar visíveis novamente, porque as duas camadas juntas (a de baixa frequência e a de alta frequência) deverão reproduzir o visual original da imagem. Separar as frequências nada mais é do que uma técnica de isolar as cores (a camada de baixa frequência) da textura (camada de alta frequência) para poder trabalhar em cada uma delas individualmente. Caso contrário, se fossem mantidas juntas, correria-se o risco de, no momento do retoque, perder a textura da pele e gerar resultados falsos, parecidos com "bonecos de cera", similar ao exemplo abaixo:
Note como as porções da pele, principalmente nos lábios e no nariz, estão exageradamente suavizadas. Isso acontece porque os poros foram deletados da imagem e substituídos por cores desfocadas (possivelmente com a mesma ferramenta de Gaussian Blur).
Por fim, uma imagem de 16 bits tem uma profunidade de cores maior que uma imagem de 8 bits, de modo que ela traz consigo mais detalhes. A separação de frequências, se feita corretamente, não deverá ser atrapalhada por essa característica.
Espero ter ajudado!
Abraços