Há 2 anos, em um período da minha vida profissional, vivi uma situação desafiadora: a decisão de mudar de carreira, saindo da área da Enfermagem para ingressar no universo da Tecnologia da Informação, juntando a minha formação com uma área totalmente nova. Essa transição, por mais planejada que fosse, me colocou diretamente em uma zona de estresse.
A dificuldade começou com a comparação constante entre meus conhecimentos anteriores e a nova linguagem técnica que eu ainda estava aprendendo. Me vi paralisada ao ver termos desconhecidos e do medo de "não dar conta". O que me prendeu nessa zona de estresse foi o excesso de autocrítica e a crença de que, por estar recomeçando, eu sempre estaria um passo atrás dos outros. Além disso, deixei que a ansiedade por resultados rápidos atrapalhasse o processo natural de aprendizado.
Com base nessa vivência, identifiquei 3 atitudes que podem me ajudar em situações futuras, inclusive nas próximas etapas da minha transição para a TI:
1 - Praticar a autocompaixão e reconhecer o progresso: entender que aprender algo novo leva tempo e que cada pequena conquista importa, mesmo que por mais fácil para outras pessoas seja.
2- Criar um ambiente de apoio: me conectar com outras pessoas que também estão mudando de área, trocar experiências, participar de comunidades de tecnologia e buscar profissionais que estejam passando por isso também.
3 - Focar no processo, não só no resultado: valorizar a jornada de aprendizado e celebrar os avanços, mesmo que pequenos, ao invés de focar apenas onde ainda não cheguei.
Sair da Enfermagem para a TI não é só uma mudança de profissão, é um mergulho numa nova identidade profissional. É desconfortável, sim, mas também libertador. A zona de troca entre essas duas áreas exige coragem, curiosidade e muita resiliência. Hoje entendo que sentir medo faz parte, mas continuar, mesmo com medo, é o que me leva da zona de estresse à verdadeira zona de crescimento.