O Maurício começou a perceber que refletir antes de criticar é essencial para manter um bom clima no trabalho e evitar desgastes desnecessários. Mesmo sabendo disso, ele ainda se vê reagindo automaticamente a certas situações, como no caso do aplicativo de mandarim — onde, em vez de buscar compreender o motivo da mudança nas cores, sua primeira reação foi a frustração com o retrabalho. Ao ganhar mais consciência sobre seus próprios comportamentos, ele começa a questionar o impacto das suas atitudes e como melhorar a convivência com os colegas. Ele entende que os desentendimentos não são exclusivos dele, já que todos enfrentam situações parecidas e podem cair na armadilha de agir com impaciência ou julgamento. Ao lembrar das retrospectivas das Metodologias Ágeis, vê nelas uma chance de abrir um canal de diálogo e feedbacks construtivos. Porém, ao sugerir essa prática e não obter apoio imediato da equipe, percebe que o desafio vai além da técnica: está na cultura de feedback da equipe e na forma como as pessoas recebem (ou evitam) críticas. Isso o leva a investigar mais sobre o tema e perceber que nem sempre uma crítica construtiva é percebida como tal por quem a recebe, como no caso do Photoshop ou da colega Suzane. Dar ou receber feedback exige maturidade, empatia e um ambiente de confiança. O Maurício começa a entender que talvez o problema não esteja só na ideia da retrospectiva, mas na maneira como ela foi apresentada e, principalmente, no preparo emocional da equipe para lidar com críticas — sejam elas bem-intencionadas ou não. Assim, ele dá mais um passo no caminho do autoconhecimento e percebe que a qualidade das relações no trabalho também depende da sensibilidade em saber como se comunicar de forma cuidadosa e eficiente.