Olá, Samuel, como vai?

Sua observação foi muito pertinente. O DDD original, descrito por Eric Evans, realmente foca em projetos complexos, com equipes maiores, domínio rico e forte colaboração entre áreas técnicas e de negócio. Já o que costumamos ver em projetos menores — especialmente em apps Flutter — é uma adaptação mais leve desses princípios, focada na praticidade.

No Flutter, quando falamos em aplicar DDD, geralmente estamos nos referindo a uma abordagem mais pragmática, que mantém a ideia central de "domínio guiando o design", mas com menos rigidez nas camadas e menor formalidade na modelagem.

Um exemplo de “DDD Light” seria:

• Criar uma camada de domínio simples com classes que representem entidades e regras de negócio (por exemplo, Cliente, Transacao, Moeda), mesmo que elas não estejam separadas em pacotes distintos no início.
• Usar uma linguagem ubíqua dentro da equipe, mesmo que informal — ou seja, todos se referirem aos conceitos do domínio de forma consistente.
• Isolar parte da lógica de negócio do Flutter em services ou use cases, ainda que a estrutura não siga todos os padrões de camadas (como domain, application, infrastructure).
• Prototipar primeiro, mas aos poucos refatorar com mais atenção ao domínio, conforme o app cresce.

Equilibrar essas abordagens envolve entender o tamanho e a complexidade do projeto. Para apps pequenos, começar simples e só introduzir mais estrutura quando necessário evita sobreengenharia. A chave é não abrir mão da clareza no código e manter o foco no domínio, mesmo com uma estrutura mais enxuta.

Espero que isso te ajude a visualizar como essas ideias se adaptam no mundo Flutter. Qualquer outra dúvida, o fórum está sempre à disposição.

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