Acho muito difícil encontrar um brasileiro que não seja resiliente. Creio que se tornou uma habilidade de sobrevivência em nosso país. No meu caso, lembro de várias situações das quais necessitei exercitar essa qualidade. Eu estava trabalhando a 4 anos em uma empresa de Arqueologia. Eu gostava do que fazia, gostava das pessoas. Porém, a liderança era péssima e tóxica. Resolvi me demitir, mesmo sem ter perspectiva de um novo emprego. Durante o período de desemprego, realizei uma pós-graduação para uma área semelhante e me apaixonei pelo curso. Ainda desempregada, investi todas as minhas economias em um intercâmbio para aprimorar meu inglês. Uma semana após chegar no país, se deu o início da pandemia. Neste momento, minha resiliência foi testada ao máximo. Minhas opções eram voltar para o Brasil e ficar novamente sem trabalho, ou ficar e tentar a sorte. Escolhi a segunda opção e tentei aprender o máximo possível diante das adversidades. Apesar das experiências desafiadoras, minha mente se abriu para novos mundos, me deu perspectivas de futuro e ainda mais forças para continuar.
