A inovação na Justiça Eleitoral sempre foi ligada à tecnologia empregada na coleta dos votos, urna eletrônica. Por mais de uma década, a maioria dos esforços de inovação estavam relacionados ao processo de votação.
Surgiu em 2009 a identificação biométrica no Cadastro Nacional de Eleitores, embora tenha impactado na forma como era realizado o Cadastro de Eleitores, pode ser entendida como mais um esforço de inovação umbilicalmente ligado ao processo de votação, pois manteve a exclusividade e integralidade do atendimento ao cidadão na modalidade presencial.
Ao longo dos anos, diversos esforços de inovação para implementação de atendimento virtualizado, como forma de aproveitamento das tecnologias disponíveis, foram iniciadas nas organizações informais dos TREs. Tais esforços ficaram com a implementação emperrada, por inexistência de normas legais e vontade política para disciplinar as novas práticas/metodologias, ou seja, por falta de convencimento das organizações formais.
Em março de 2020, todas as instituições foram surpreendidas por uma situação social adversa, resultante da pandemia COVID-19. Nesse novo cenário, com o prolongamento das medidas de distanciamento social, o atendimento ao público ficou quase que totalmente inviabilizado, obrigando as instituições a se adequarem à nova realidade, para garantirem o fiel cumprimento de seus papéis sociais/institucionais.
A situação fatídica fez florescer a vontade/necessidade por inovação, vários frutos estão sendo colhidos:
- Ampliação dos serviços disponíveis em canais virtuais(balcão virtual, chat
- Implantação do atendimento para Alistamento Eleitoral, Alterações Cadastrais e Transferências de Domicílio, para coleta de dados biográficos dos cidadãos, por meio de autoatendimento virtual;
- Liberação de Videoconferência para realização de audiências processuais, reuniões e treinamentos;
- Notificações oficiais por canais eletrônicos(email, whatsapp, viber, telegram e demais mensageiros instantâneos);
Uma adversidade social, que alterou significativamente o ecossistema organizacional, forçou as organizações formais a direcionarem esforços para inovação, as iniciativas que estavam represadas foram rapidamente analisadas, discutidas e noramatizadas. As novas práticas e serviços foram rapidamente difundidas, reduzindo o tempo de implantação, acelerando os ciclos de aprendizagem e reduzindo os riscos de inovação, resultando em redução das despesas, ganhos de agilidade, disponibilidade, eficiência e eficácia na prestação dos serviços, tanto para as instituições como para os usuários.
