Sei que não podemos cobrar das pessoas comportamentos iguais aos nossos, mas, por vezes é algo injusto essa diferença. Sofri um bocado com isso na época da faculdade...em que tínhamos trabalho em equipe para fazer, com data de entrega determinada e uma parte do grupo desaparecia. A nota seria compartilhada, mas a responsabilidade não. Esse fato não é isolado em instituição de ensino, em muitas empresas ele tb se repete.
Oi Nathalia,
Você apresentou uma dura realidade. Estou na minha terceira faculdade e é incrível (no sentido mais chocante da palavra) o quanto temos colegas disciplicentes. Só para você ter ideia, estou no 4º ano do curso de psicologia e tenho colegas que são aprovadas nas avaliações, que vem de histórico de colas e tal, e agora no modelo online, prova com consulta (tanto do conteúdo quanto confirmar respostas com os colegas), fizeram com que essas pessoas avançassem no curso, até se depararem com os estágios, onde somos colocados à prova de TUDO.
Tudo indica que essas pessoas serão reprovadas por não terem o mínimo repetório para criar relatórios com articulação clínica teorico. Confesso que é um alívio, pois me preocupa uma pessoa dessa atendendo pacientes futuramente. Enquanto não forem aprovados nos estágios, não se formam. Mas infelizmente isso não se aplica aos demais cursos, o que é lamentável.
Uma dinâmica que criamos no meu grupo foi sempre fazer uma espécie de retrospectiva (depois da entrega dos trabalhos) para apontarmos as coisas que foram boas e as que precisam melhorar, não foi fácil, mas como estamos desde o começo do curso trabalhando juntas (uma pessoa saiu do grupo esse semestre, por conta do estágio), fomos desenvolvendo a nossa maturidade, pois compartilhamos interesse em comum: ser aprovadas com excelência.
No contexto profissional, também estamos nos debruçando nos métodos ágeis, que tem colaborado fortemente para melhorarmos a nossa comunicação, compartilhar responsabilidades e gerar sensação de pertencimento. Quem não está afim, acaba se destoando muito do grupo, e ai podemos fazer intervenções, no sentido de conversar com a pessoa para ver se ela entende o papel dela dentro do grupo, o que está impedindo o bom andamento do trabalho dela e assim por diante.
Não rolou de maneira explêndida desde o começo, mas vejo uma melhora constante. E isso se deu a partir do momento em que jogamos a real, sabe? Jogo aberto mesmo. Mas entendo que dentro da empresa, precisamos verificar qual é a cultura organizacional, ela promove a comunicação, trocas, feedbacks? Se sim, eu uso isso na minha argumentação, entende?
Faz sentido?