Após fazer uma autorreflexão, percebi que me identifico com alguns pontos da Síndrome do Impostor, não de maneira muito forte. Mas por vezes fico sem graça ao receber elogios, nunca acho que meu trabalho é bom o suficiente (Apesar de já ter recebido diversas promoções e ser muito proativo), e também atribuo muita sorte às minhas conquistas.
Fiquei pensando o que pode influenciar essa Síndrome, e comecei a me lembrar da minha infância. Se eu tirava um 9 na prova, minha mãe perguntava porque eu não havia tirado 10. Se o time de futebol perdia, meu pai perguntava porque não conseguimos ganhar.
Minha família também, sempre com uma visão muito religiosa, sempre atribuía as minhas conquistas somente a Deus e nunca aos meus próprios esforços. Claro que aqui há também uma questão filosófica/religiosa, ou seja, Deus (Ou o que quer que você acredite) lhe dá saúde para viver, mas é preciso reconhecer que sem esforço e dedicação nada se consegue.
Óbvio que o intuito deles era sempre tentar fazer com que eu me esforçasse mais para ter melhores resultados. Mas não sei até que ponto isso pode influenciar positivamente ou negativamente. Isso pode ter me moldado positivamente da forma que sou hoje, perfeccionista e dedicado à família e ao trabalho, sempre buscando os melhores resultados em tudo que faço. Porém há esse lado negativo, em achar que nunca está bom o suficiente.
Parabéns pelo conteúdo, e por nos proporcionar esse momento de reflexão.