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O PROPÓSITO BEM DEFINIDO

O Propósito e a Arte de Recomeçar

Ah, o propósito! Palavra tão sonora, tão cheia de promessas, tão... enganosa. Pois é, meu caro leitor, quem nunca se viu diante de um espelho, perguntando-se: "Será que estou no caminho certo? Será que este é mesmo o meu destino?" Pois bem, Lucas, nosso herói involuntário, também se fez essas perguntas. E, como um personagem de Machado de Assis, descobriu que a vida não é um romance de final feliz garantido, mas sim uma comédia dramática, cheia de reviravoltas e surpresas. Lucas começou sua jornada com um propósito claro: ajudar pessoas a superarem desafios com mais autonomia. Era uma missão nobre, digna de aplausos e talvez até de uma estátua em praça pública. Mas, como diria Drummond, "no meio do caminho havia uma pedra". E essa pedra era a desmotivação. Sim, aquela sensação de que, mesmo fazendo o que se ama, algo falta. Algo que não se pode nomear, mas que pesa no peito como uma saudade sem dono. Eis que Lucas, em um momento de lucidez rara, resolveu revisitar seu propósito. Não foi fácil, claro. Revisitar o passado é como abrir uma gaveta esquecida: você nunca sabe se vai encontrar uma joia ou uma meia furada. No caso de Lucas, encontrou um pouco dos dois. Descobriu que seu propósito, embora nobre, estava limitado. Sozinho, ele não poderia alcançar todas as pessoas que desejava ajudar. Suas habilidades, embora valiosas, não eram suficientes. E, pior ainda, dentro de sua empresa, sentia-se como um pássaro em uma gaiola dourada: confortável, mas preso. Foi então que Lucas fez o que todo grande personagem faz em momentos de crise: pediu ajuda. E não qualquer ajuda, mas a de uma amiga, aquela que sempre vê o copo meio cheio, mesmo quando ele está quase vazio. Ela lhe mostrou que propósito não é sinônimo de felicidade eterna, mas sim de compromisso. Um compromisso consigo mesmo e com os outros. E que, às vezes, a motivação não vem de dentro, mas do resultado do que fazemos. Dos sorrisos que provocamos, das vidas que tocamos, dos pequenos sucessos que acumulamos. Lucas, então, decidiu expandir seu propósito. Em vez de ajudar sozinho, uniu-se a outras pessoas, criando uma comunidade onde todos pudessem aprender e crescer juntos. Foi como se, de repente, ele tivesse trocado um violino solo por uma orquestra. E, ao fazer isso, descobriu que o propósito não é uma estrada reta, mas sim um rio que serpenteia, muda de curso, e às vezes até transborda. Mas e você, caro leitor? Já se sentiu como Lucas, perdido em meio a um propósito que parece ter perdido o brilho? Já se perguntou se está no caminho certo, ou se deveria mudar de rumo? Pois saiba que não há vergonha em recomeçar. Como diria Guimarães Rosa, "o correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta." E se, em algum momento, você sentir que seu propósito já não faz sentido, não tema. Revisite-o. Reescreva-o. Ou, quem sabe, abandone-o e encontre um novo. Pois, no fim das contas, o propósito não é um destino, mas sim uma jornada. E, como toda jornada, está sujeita a desvios, atalhos e até mesmo becos sem saída. O importante é seguir em frente, mesmo quando o caminho parece incerto. E, se a desmotivação bater à sua porta, lembre-se: ela não é um sinal de fracasso, mas sim uma oportunidade de reflexão. Como diria Clarice Lispector, "caia, mas caia de boca no mundo." Pois é no cair que aprendemos a levantar, e é no recomeçar que encontramos novos sentidos para nossa existência. Portanto, caro leitor, não tema revisitar seu propósito. Não tema mudar de rumo. E, acima de tudo, não tema a desmotivação. Pois, como Lucas descobriu, ela pode ser o início de uma nova e emocionante jornada. E quem sabe, no final dessa jornada, você não encontre não apenas um novo propósito, mas também uma nova versão de si mesmo? Afinal, como diria Vinicius de Moraes, "a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida." E é nesses encontros e desencontros que descobrimos quem realmente somos.

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A ideia de que um propósito bem definido não é garantia de felicidade eterna é particularmente poderosa. Quantas vezes nos pegamos perseguindo um objetivo, apenas para descobrir que ele não nos traz a satisfação que esperávamos? Lucas nos mostra que isso é normal e que, em vez de nos culparmos, devemos usar esses momentos como oportunidades para refletir e ajustar nossa rota. A metáfora do propósito como um rio que serpenteia e muda de curso é especialmente tocante. Ela nos lembra que a vida é fluida e que nossos objetivos e sonhos podem (e devem) evoluir com o tempo. Não há vergonha em mudar de rumo, em recomeçar, em encontrar um novo propósito. Pelo contrário, isso é um sinal de maturidade e autoconhecimento. O texto também ressalta a importância de ter pessoas ao nosso redor que nos ajudem a enxergar outros pontos de vista. A amiga de Lucas, com sua perspectiva positiva e prática, foi fundamental para que ele conseguisse ver além de sua própria desmotivação. Isso nos lembra que não precisamos enfrentar nossos desafios sozinhos e que, muitas vezes, um olhar externo pode nos ajudar a encontrar soluções que não conseguiríamos ver por nós mesmos. Por fim, o tom melancólico, mas ao mesmo tempo esperançoso, do texto nos convida a abraçar a imperfeição da vida. Como diz o texto, "a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida." E é justamente nesses encontros e desencontros que descobrimos quem realmente somos e o que realmente importa para nós.este texto é um convite à reflexão e à ação. Ele nos encoraja a revisitar nossos propósitos, a aceitar as mudanças e a encontrar novas formas de contribuir para o mundo. E, acima de tudo, nos lembra que, mesmo nos momentos mais difíceis, há sempre a possibilidade de recomeçar e encontrar um novo sentido para nossa existência.