Na minha opinião, o trabalho remoto não será o "novo normal", mas teve e continuará tendo um impacto grande nas relações de trabalho.
O trabalho remoto acabou sendo um "normal obrigatório" devido à pandemia, mas com a contínua reabertura das atividades e o relaxamento do "afastamento social", empresas estão voltando ao seu normal de trabalho presencial. O que aconteceu foi que essa obrigatoriedade mostrou que é sim possível realizar atividades remotamente, que é sim possível adaptar o estilo de trabalho, senão 100%, ao menos parcialmente.
Os trabalhadores vivenciaram as vantagens e desvantagens da modalidade remota e, acredito eu, muitos enxergam como vantajosa a possibilidade de trabalho remoto, sem perder tempo com deslocamentos, podendo ter uma agenda mais flexível, morar em áreas menos densas, o que ajuda no equilíbro entre o profissional e o pessoal. O mesmo aconteceu com os gestores e donos de empresa, que viram a possibilidade de enxugar gastos com aluguel, energia, água, etc., além de poderem contratar profissionais qualificados, sem o impedimento da barreira geográfica.
Por conta disso, eu acredito que o trabalho remoto entrou sim nos nossos hábitos de vida, mas como uma alternativa adicional de trabalho. Uma alternativa que fica mais fácil de ser aplicada em algumas áreas, como as tecnológicas, mas que pode não ser 100% aplicada em outras, que exigem uma interação mais direta com o cliente.
Eu imagino que nos próximos meses e anos haverá uma expansão na oferta de vagas remotas e também no modelo híbrido, pois é algo que os próprios profissionais estão exigindo, mas que isso não extinguirá a possibilidade de trabalho presencial. Torço para que isso traga também transformações nas empresas, priorizando encontros presenciais mais como meio de interação e engajamento entre os profissionais, do que uma mera obrigatoriedade de se estar presente fisicamente só para trabalhar.
