Trabalho num órgão público. Recentemente, em função de um Termo de Ajuste de Conduta com o Ministério Público, o presidente se viu obrigado a modificar o plano de cargos e salários, aumentando a quantidade de servidores efetivos e diminuindo a quantidade de servidores comissionados. O procurador do órgão foi encarregado de elaborar as mudanças. Ele entrou em contato com os setores, perguntando se havia sugestões de criação de cargos e que requisitos tais cargos deveriam ter. Nós enviamos as sugestões e algumas foram incorporadas ao novo plano. Neste caso, havia também restrições de ordem financeira que deveriam ser levadas em consideração, portanto, foi necessário equilibrar o desejável com o possível. Creio que seria possível enquadrar essa tomada de decisão no nível 5 (conselho). Por outro lado, na execução de uma de minhas funções, como pregoeira do órgão, toda a responsabilidade da seleção de fornecedores que é feita através de pregão, recai sobre mim. Então, eu posso pedir opiniões dos meus colegas, mas, no fim, as decisões quanto à classificação e habilitação dos fornecedores, entre outras no âmbito do pregão, são minhas e assumo total responsabilidade sobre elas. Nesse caso, não posso delegar as decisões que tomo, porém preciso justificar todas elas, por escrito, nos processos de compras e contratações. Há um tipo de situação em que a presidência do órgão sempre peca por não escutar os servidores: a execução de reformas no prédio. As pessoas que estão ali, todos os dias, dentro do prédio, nunca são ouvidas. Isso resulta em reformas que não satisfazem completamente as necessidades de trabalho e que, algumas vezes, trazem mais problemas que soluções. Eu acredito que a decisão sobre as reformas que devem ser feitas deveria ser tomada a partir de um consenso com as pessoas que trabalham no prédio. Principalmente no nosso caso, em que o órgão é de pequeno porte e seria fácil consultar todos os setores.