Mapeie as tomadas de decisão

Recentemente, participei de três situações na empresa que exigiram tomadas de decisão diferentes, cada uma com um nível distinto de autonomia. Ao analisar essas decisões com base nos níveis do Delegation Poker, pude perceber como o grau de delegação influencia o resultado e o engajamento da equipe. Abaixo estão os três momentos e suas respectivas análises:

1. Redistribuição de demandas entre membros da equipe devido ao aumento no volume de atendimentos Como foi tomada a decisão: A liderança envolveu a equipe em uma conversa para ouvir sugestões, mas a decisão final ficou com o gestor.

Categoria do Delegation Poker: Nível 3 – Consultar A liderança pediu opiniões, mas decidiu sozinha.

E se fosse delegação completa (Nível 7 – Delegar): Se a própria equipe tivesse autonomia total para definir como dividir as demandas, acredito que o resultado seria semelhante ou até melhor, pois os próprios colaboradores conhecem seus pontos fortes e limitações. Além disso, aumentaria o senso de pertencimento e responsabilidade.

1. Resolução de um erro na baixa de PI que poderia gerar impacto na liberação de crédito para o parceiro Como foi tomada a decisão: A equipe sinalizou o erro e a urgência, mas o líder tomou a decisão rapidamente, sem consultar muito, devido ao impacto no processo.

Categoria do Delegation Poker: Nível 2 – Informar O líder informou o que seria feito, sem abrir para discussão.

E se fosse delegação completa (Nível 7 – Delegar): Neste caso, a decisão centralizada foi importante devido à urgência e impacto direto, então uma delegação completa talvez não fosse a melhor opção, já que poderia gerar demora ou insegurança. A liderança rápida foi adequada nesse contexto.

1. Sugestão de melhoria no fluxo de acompanhamento de transferências de cotas Como foi tomada a decisão: A ideia surgiu de um colega, foi discutida em grupo e apresentada à liderança, que aprovou e apoiou a implementação.

Categoria do Delegation Poker: Nível 5 – Aconselhar A liderança sugeriu, orientou e incentivou, mas deixou a equipe executar.

E se fosse delegação completa (Nível 7 – Delegar): Se a equipe tivesse total liberdade para implementar a melhoria desde o início, o resultado seria provavelmente o mesmo, mas a sensação de protagonismo poderia ter sido ainda maior. Nesse caso, a orientação da liderança foi útil para alinhar com outras áreas e evitar conflitos.

Conclusão Essas experiências mostram que o nível de delegação ideal varia conforme o contexto, e que a delegação completa pode ser muito positiva quando há clareza de propósito, maturidade da equipe e espaço para tomar decisões. Por outro lado, em situações críticas ou urgentes, uma liderança mais direta pode ser necessária.

O equilíbrio entre orientação e autonomia é essencial para promover confiança, engajamento e eficácia.