Sobre a empatia e não absorver a projeção pessoal do outro, tem uma "lei" muito interessante que diz o seguinte:
- Tudo o que me incomoda, irrita ou quero mudar no outro, está dentro de mim;
- Tudo o que o outro me critica ou julga, se me incomoda, está reprimido em mim, e também é necessário trabalhar nele;
- Tudo o que eu gosto no outro, o que eu amo nele, também está dentro de mim;
- Tudo o que o outro me critica, julga ou quer mudar em mim sem que me afete, pertence a ele.
Assim como eu projeto no outro os meus conflitos internos sem nem perceber, o outro também faz isso. O ideal é nunca levar as coisas para o lado pessoal, mas se levar, então é porquê tem algo dentro de si que precisa ser trabalhado, uma insegurança ou algo mal resolvido. Minha psicóloga uma vez me deu um exemplo: Fulano passa por você sem te cumprimentar. Você pode ter 3 reações. "Nossa Fulano não gosta mais de mim, nem falou comigo" e ficar triste, ou "Nossa Fulano é grosso, passou por mim e fingiu que eu nem existo" e ficar com raiva, ou "Nossa Fulano nem me viu, será que está precisando de algo?" e ficar ansioso. As 3 opções podem gerar emoções negativas, porém o que nenhum deles pensa é que Fulano podia estar mal naquele dia, ou estar com pressa, ou realmente não te viu. Ou seja, o problema não estava em "você" e sim em Fulano. Temos a tendência de sempre nos colocarmos no centro de tudo, como se todo mundo atacasse a gente, quando na verdade não é isso que acontece. Acho que essa é uma reflexão válida para a parte da empatia e entender o outro.
