Oii, Juliene.
DevOps é, antes de tudo, uma cultura de colaboração e entrega contínua. O cargo nasce dessa ideia, mas o nome varia: em algumas empresas o título é “DevOps Júnior”, em outras, “SRE Júnior”, “Cloud Engineer Júnior” ou “Analista de Plataforma”. O foco, no entanto, é o mesmo, automatizar entregas, manter a infraestrutura estável e diminuir a distância entre quem desenvolve e quem opera o software.
Quem está começando entra em funções muito práticas. O dia a dia envolve usar Git para versionar código, escrever e revisar pull requests, lidar com merges e resolver conflitos. Também é comum trabalhar diretamente em servidores Linux, analisando logs, configurando serviços e criando scripts simples em shell. Conhecer HTTP e fundamentos de rede ajuda bastante, porque boa parte dos problemas de integração vem daí. Em nuvem, a pessoa júnior geralmente lida com tarefas básicas: criar máquinas virtuais, configurar permissões, entender como funcionam redes, buckets e usuários.
Em containers, o primeiro passo é dominar o Docker, criar e otimizar imagens, compreender volumes e rede, e só depois se preocupar com Kubernetes, que adiciona uma camada de complexidade maior. Já no mundo de pipelines, vale saber criar fluxos de build, teste e deploy usando GitHub Actions, GitLab CI ou Jenkins. Outro pilar é Infraestrutura como Código: aprender o conceito, entender o papel do Terraform e praticar pequenos módulos é mais importante do que decorar comandos.
Existe “DevOps Júnior”? Sim, e faz sentido. O mercado reconhece que é preciso tempo para entender o ecossistema de ferramentas e, principalmente, amadurecer a mentalidade de integração entre desenvolvimento e operação. O que diferencia quem cresce rápido é a capacidade de resolver problemas com método, documentar bem o que faz e colaborar com clareza, não apenas dominar comandos.
No começo da carreira, é melhor ter profundidade em fundamentos do que correr atrás de todas as ferramentas. Escolher uma nuvem para estudar (AWS, Azure ou GCP) e entender os conceitos transferíveis entre elas é um bom caminho. Aprender a montar laboratórios, criar pipelines funcionais e observar o comportamento de aplicações reais traz muito mais aprendizado do que consumir conteúdo passivamente.
Um plano de evolução pode ser simples: no primeiro mês, fortalecer Linux, Git, HTTP e fundamentos de nuvem; no segundo, praticar Docker e pipelines; e no terceiro, incorporar automações em Python ou shell, além de conceitos de observabilidade e segurança básica. Essa sequência cria uma base sólida para seguir por qualquer uma das ramificações da área, seja plataforma e entrega contínua, cloud e infraestrutura como código, confiabilidade (SRE) ou segurança (DevSecOps).
Com o tempo, você vai perceber que as ferramentas mudam, mas o raciocínio sobre automação, monitoramento e colaboração entre times permanece o mesmo. É isso que realmente define um profissional de DevOps.
Conte com o apoio da comunidade Alura na sua jornada. Abraços e bons estudos!