Eu achei um pouco contra intuitiva a ordem das 10 heurísticas, porque as referentes a erros e as referentes a outras áreas estão intercaladas. Existe uma lógica específica nessa ordem?
Eu achei um pouco contra intuitiva a ordem das 10 heurísticas, porque as referentes a erros e as referentes a outras áreas estão intercaladas. Existe uma lógica específica nessa ordem?
Olá, Luppi, como vai?
Sua observação é válida. As 10 heurísticas não seguem uma ordem sequencial rígida, como se fossem etapas de um processo. Elas estão listadas de forma que cada uma tem peso equivalente e pode ser aplicada isoladamente ou em conjunto, dependendo do contexto do projeto.
A estrutura dessa lista é mais uma forma de agrupamento do que uma hierarquia. Por exemplo, heurísticas como “Prevenção a erros” e “Ajudar o usuário a reconhecer, diagnosticar e recuperar-se de erros” estão separadas porque tratam de momentos diferentes da experiência: uma é preventiva e a outra é corretiva.
Portanto, a ordem apresentada tem mais a ver com organização e leitura do que com uma aplicação prática linear. O ideal é tratá-las como um conjunto de boas práticas que você pode consultar conforme os desafios de cada projeto.
Espero ter ajudado!
Siga firme nos seus estudos e conte com o fórum sempre que precisar.
Abraços :)
Tentei olhar de forma temporal, e fez bastante sentido o posicionamento entre Prevenção de Erros e a Ajudar o usuário a reconhecer, diagnosticar e recuperar-se do erro. Agradeço por essa dica. Infelizmente com esse mesmo olhar, fiquei com algumas dúvidas ainda, como por exemplo o Estética e design minimalista ser o 8, sendo que é uma das primeiras coisas a ser experienciada. Descobri também que não entendi a diferença entre Liberdade e controle do usuário e outras Heurísticas.
Olá, Luppi.
Realmente, algumas heurísticas parecem vir “antes” de outras na experiência do usuário, como é o caso da estética, que está presente desde o primeiro contato visual. No entanto, a numeração original das heurísticas não segue exatamente uma sequência cronológica ou de prioridade, mas sim uma organização mais neutra, sem intenção de hierarquia.
A heurística “Estética e design minimalista”, mesmo sendo percebida logo de início, está mais ligada à clareza e objetividade da interface. Ela aparece como oitava na lista, mas pode — e deve — ser considerada desde o começo do processo de design. A numeração não limita sua aplicação.
Já sobre “Liberdade e controle do usuário”, a ideia é garantir que o usuário tenha autonomia sobre suas ações, como desfazer ou refazer tarefas, sair de um processo sem se sentir preso, ou navegar entre caminhos com flexibilidade. Ela se diferencia, por exemplo, de “Padrões e consistências”, que trata de manter uniformidade para facilitar o entendimento, ou de “Prevenção de erros”, que busca evitar que o usuário cometa equívocos.
Um exemplo prático: em um editor de texto, permitir que o usuário desfazer uma edição representa liberdade e controle. Já exibir ícones consistentes entre diferentes partes do app representa consistência. Ambos são importantes, mas atendem a propósitos distintos.
Qualquer ponto que ficar nebuloso, manda aqui. O fórum está sempre à disposição para trocar ideias e aprofundar.
Abraços e bons estudos :)
Agradeço a resposta. Seria possível dizer que esses exemplos se enquadram tanto na heurística Liberdade e Controle do Usuário quanto na Prevenção de Erros?
Oi, Luppi.
Ótima pergunta. Vamos lá: esses exemplos que você trouxe se relacionam principalmente com a heurística Liberdade e Controle do Usuário, pois oferecem ao usuário autonomia para gerenciar ações e evitar a frustração de perder conteúdo.
Entretanto, em alguns casos, eles também podem ter relação indireta com a Prevenção de Erros, já que ajudam a evitar a perda acidental de informações por falhas humanas ou interrupções inesperadas (como fechar a aba sem querer). Ainda assim, o foco principal desses exemplos está em dar controle ao usuário e permitir recuperação ou continuidade das ações.
No fim das contas, algumas funcionalidades podem dialogar com mais de uma heurística, dependendo de como são implementadas e do contexto de uso. Por isso, vale sempre analisar cada situação individualmente e refletir sobre qual heurística atende melhor à necessidade do usuário.