Eu sinto bastante dificuldade em ter que imaginar algum cenário da vida real e transportar para o modelo. Eu tentei criar um aqui, mais as minhas duvidas não foram respondidas ainda. Igual o Felipe criou acima.
Eu sinto bastante dificuldade em ter que imaginar algum cenário da vida real e transportar para o modelo. Eu tentei criar um aqui, mais as minhas duvidas não foram respondidas ainda. Igual o Felipe criou acima.
Oi, Bruno! Espero que você esteja bem.
Sinto muito por demorar para responder suas dúvidas.
Entendo que o processo de trazer as situações do mundo real para a modelagem de dados possa ser bastante desafiador, principalmente quando estamos entrando em contato com os conceitos e com a notação pela primeira vez.
A modelagem de dados é um processo que envolve bastante subjetividade e observação atenta. Com prática, tenho certeza que os conceitos passarão a fazer mais sentido. Não desanime, é normal se sentir um pouco perdido no começo. Estamos aqui para te ajudar.
Para criar o mini-mundo, utilizamos a capacidade de abstração, que é uma atividade mental de separar pequenas partes de algo bem complexo para poder observá-las com mais atenção. Como se fosse um “zoom” mental. Porém, antes do zoom, observamos as coisas como elas são em seu contexto geral.
E que coisas são essas? Pode ser qualquer situação que tenha partes que se relacionam entre si. Pode ser a faculdade, o cinema, o supermercado, um hospital…
O primeiro passo é esse, perceber o cenário. Vamos utilizar o exemplo do cinema. Nesse cenário, os clientes querem assistir filmes. É necessário comprar o ingresso e talvez comprar pipoca e um refrigerante na lojinha. Os filmes serão exibidos em salas e sessões variadas.
O segundo passo é entender quais são as partes envolvidas, que serão as entidades. É algo que existe e que tem características, e pode ser algo material (que a gente possa tocar, como o próprio cliente) ou abstrato (que não podemos tocar, como a sessão de cinema).
No cinema, algumas entidades poderiam ser funcionário, espectador, ingresso, sala, filme… cada uma delas terá características específicas que a descrevem. No caso da entidade funcionário, essas características podem ser função, horário de trabalho, data da admissão, e por aí vai.
O terceiro passo é perceber como essas partes interagem. Um espectador compra um ingresso para um filme, que é vendido por um funcionário. O filme será em uma sala e em um horário específico. Nessa parte surge a cardinalidade, por exemplo: um ingresso serve apenas para uma sessão de filme. Uma mesma pessoa pode comprar vários ingressos.
Depois de ter essa observação mental estruturada em um texto é que partimos para a representação gráfica do Diagrama Entidade Relacionamento.
Durante todo o decorrer do processo é natural que surjam dúvidas. Quando isso ocorre, voltamos a observar a realidade ou conversar com pessoas que podem nos ajudar. O nosso objetivo com a modelagem de dados é representar fielmente essa parte da realidade que estamos observando, e a realidade é cheia de contradições. Com o tempo e a prática, nossa habilidade de observar e modelar dados vai se aperfeiçoando, e as dificuldades que surgem no caminho são super comuns e uma grande fonte de aprendizado.
Vou deixar como complemento um artigo da Alura bem interessante que fala sobre alguns conceitos de forma simples, para consultar quando for necessário:
Caso tenha alguma dúvida que não tenha sido sanada, conte conosco. Estaremos à disposição para te auxiliar nessa caminhada, Bruno.
Grande abraço.