Olá a todos,
Gostaria de discutir a resposta correta para a questão "Configuração de Timer no Systemd" e o papel da diretiva Persistent=.
A questão pede que o script de monitoramento seja executado a cada 15 minutos, mesmo com o sistema desligado. A alternativa correta é a C:
[Timer]
OnCalendar=*:0/15
Persistent=false
O ponto crucial aqui reside na interpretação da necessidade de execução constante e ininterrupta do monitoramento, versus a característica de "catch up" que a persistência oferece.
- Análise de OnCalendar=*:0/15
 Esta sintaxe é a maneira padrão e correta de agendar uma tarefa para ser executada a cada 15 minutos, alinhada com os múltiplos de 15 minutos de cada hora (00:00, 00:15, 00:30, 00:45, etc.).
Isso elimina a alternativa A (OnCalendar=*/15), cuja sintaxe é ambígua e, dependendo da interpretação, poderia significar a cada 15 dias ou meses.
- Análise de Persistent=false (O Ponto de Discussão)
 A diretiva Persistent=true é usada para garantir que, se o sistema ficar desligado e perder execuções, a tarefa seja executada IMEDIATAMENTE após a próxima inicialização (o chamado "catch up").
Por que Persistent=false é considerado o correto para o monitoramento?
Apesar de o enunciado dizer "mesmo com o sistema desligado", em um contexto de monitoramento, geralmente se prioriza a execução no próximo ciclo agendado, sem atrasos desnecessários.
Se o servidor ficou desligado por 5 dias e for ligado, um timer com Persistent=true dispararia imediatamente a execução assim que o sistema sobe. Isso poderia sobrecarregar o sistema na inicialização ou gerar logs desatualizados imediatamente.
Com Persistent=false, se o sistema for ligado às 10:05, o script não tentará compensar as execuções perdidas, mas sim aguardará a próxima janela agendada, que seria às 10:15. Isso é um comportamento mais seguro e previsível para serviços críticos de monitoramento.
A frase "mesmo com o sistema desligado" no enunciado deve ser interpretada como a necessidade de o timer ser de tempo real (OnCalendar=), e não um timer monotônico (OnBootSec=, que para quando o sistema desliga), e que a tarefa deve continuar seu ciclo após o reboot, e não a necessidade estrita de "catch up".
A alternativa B (Persistent=true) seria a correta se a prioridade fosse a garantia estrita de que nenhuma execução fosse perdida, mas a C reflete a prática de agendamento limpo e previsível após um desligamento.
Gostaria de ouvir a opinião de vocês sobre esta interpretação de Persistent=false em um cenário de monitoramento.
Este texto permite que você demonstre conhecimento na sintaxe (OnCalendar=*:0/15) e abra uma discussão sobre a interpretação conceitual de Persistent em um cenário de monitoramento, explicando por que false pode ser a resposta correta nesse contexto específico.
 
            