Na organização em que atuo, a orçamentação de TI ainda segue muito o modelo tradicional, com valores definidos por projetos específicos e prazos delimitados, mesmo quando há iniciativas voltadas ao Ágil. Os números geralmente são gerados com base em estimativas iniciais de escopo e cronograma, o que traz a sensação de controle, mas pouco espaço para ajustes conforme as descobertas e mudanças de prioridade ao longo do caminho.
Esse formato mostra claramente os “fantasmas do waterfall”, pois reforça a ideia de planejamento fixo e previsibilidade total, o que vai contra a natureza adaptativa do Ágil. O desafio está em mudar a mentalidade de investimento, passando a enxergar o orçamento não como algo preso a projetos, mas como alocação contínua de recursos em produtos e fluxos de valor, permitindo aprendizado, flexibilidade e entregas mais assertivas.