Sim, já presenciei situações semelhantes, especialmente em ambientes corporativos onde mudanças tecnológicas ou culturais são inevitáveis, mas nem sempre bem recebidas. Um exemplo marcante foi quando uma empresa em que trabalhei passou por um processo de digitalização dos sistemas internos. Muitos colaboradores, especialmente os que estavam há mais tempo na organização, resistiram fortemente à adoção das novas ferramentas, alegando que os sistemas antigos ainda funcionavam bem. Era visível uma forte "zona de conforto" ali, motivada pelo medo do desconhecido, insegurança quanto à própria capacidade de adaptação e um certo apego ao modo como sempre fizeram as coisas.
Essa resistência acabou criando um ambiente de tensão, especialmente quando os resultados começaram a cair. Aqueles que não conseguiram se adaptar acabaram sendo desligados, e muitos relataram dificuldades para se recolocar no mercado justamente por não terem se atualizado.
Sim, identifico zonas de conforto em diversas situações, tanto profissionais quanto pessoais. No trabalho, elas se manifestam quando evitamos aprender algo novo ou não nos expomos a novos desafios com receio de errar ou sair da rotina. Na vida pessoal, isso pode acontecer quando nos acomodamos em situações que não nos fazem crescer, simplesmente por parecerem mais seguras ou conhecidas.
Acredito que todos, em algum grau, estamos dentro de alguma zona de conforto. O mais importante é reconhecer isso e buscar aos poucos formas de sair, nem que seja um passo por vez. Eu procuro me manter em movimento, estudando, me desafiando em pequenas coisas, tentando enxergar as mudanças como oportunidades de evolução, não como ameaças.