Desde muito cedo, sempre tive facilidade em “ler” o ambiente e perceber o que as pessoas estavam sentindo e por que estavam sentindo aquilo. No entanto, sempre encontrei grande dificuldade em me comunicar. Isso fez com que eu crescesse como uma criança extremamente reservada, com pouco ou nenhum vínculo social, que evitava até situações simples, como ir ao mercado. Com o tempo, percebi que estava perdendo oportunidades simplesmente por evitar qualquer situação que chamasse atenção, mesmo que minimamente. Foi então que comecei a me expor, de forma proposital, a momentos desconfortáveis - como conversar com desconhecidos ou me posicionar em grupo - para “reprogramar” minha mente e vencer essa barreira emocional. Ao aplicar essa estratégia, comecei a perceber resultados concretos: mais oportunidades surgiram, minha timidez diminuiu e passei a interagir com pessoas que me inspiraram, muitas vezes sem nem saberem do impacto que causaram. Essas interações foram fundamentais para eu chegar até onde estou hoje e para que eu possa continuar evoluindo. Ainda enfrento desafios, mas aprendi a usar minha habilidade de leitura do ambiente para ter mais paciência e a me comunicar de maneira mais equilibrada. Também venho trabalhando diariamente minha expressão facial, pois sou naturalmente muito séria, o que normalmente causa interpretações erradas. Hoje, aceito que nem sempre vou lidar da melhor forma com todas as situações, mas acredito que todos temos o direito de errar - contanto que estejamos dispostos a refletir, aprender e melhorar. Minha principal estratégia foi encarar gradualmente as situações que me causavam desconforto, ao mesmo tempo em que desenvolvia empatia e autopercepção. Essa prática contínua tem transformado minha forma de comunicar e me relacionar, e sigo aprimorando isso todos os dias.
"Se há algum segredo de sucesso, consiste ele na habilidade de apreender o ponto de vista da outra pessoa e ver as coisas tão bem pelo ângulo dela como pelo seu." - Henry Ford