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De Waterfall à Ágile, como introduzir essa mudança?

No início da engenharia de software os desenvolvedores lidavam com uma quantidade relativamente pequena de informação, tanto os problemas quanto suas soluções eram voltados a uma demanda bem delimitada com um escopo de simples a média resolução, com exceção apenas de grandes corporações como a Nasa. Mas o mundo mudou, a internet e a globalização turbinaram a velocidade da troca de informações de negócio, marketing e network, isso fez com que mesmo uma lojinha de bairro recebesse um volume de dados tão extenso que as vezes de um dia para o outro fosse necessário mudar algo na logística do estabelecimento. A partir desse momento sair do modelo em cascata (Waterfall) se tornou uma necessidade.

Todos os projetos precisam mitigar ao máximo a rigidez estrutural, eles precisam ser escalonáveis e interconectados à ferramentas e metodologias que permitam não apenas alterações, mas também novos arranjos e direções. Alcançar essa agilidade não é fácil, mas é extremamente rentável em muitos níveis; seja para o cliente ou para o próprio desenvolvedor.

Tendo isso em mente, eu pergunto: É possível introduzir as metodologias ágeis com rapidez e eficácia em ambientes onde os desenvolvedores sêniores ainda possuem a mentalidade em cascata? Essa ação deveria partir da empresa ou dos próprios colaboradores? Quais são os entraves que devs juniores (que "nasceram" no cenário ágil) enfrentarão para conseguir introduzir sua cultura de desenvolvimento, caso entrem em equipes enraizadas em métodos de cascata?

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Oi Daiene.

Tudo bom?

Obrigada por compartilhar sua dúvida conosco.

É possível introduzir as metodologias ágeis com rapidez e eficácia em ambientes onde os desenvolvedores sêniores ainda possuem a mentalidade em cascata?

Eu entendo que sim, mas que erros vão acontecer durante o processo de adaptação e isso é normal. Será também um fluxo de aprendizagem. E que o Ágil faça sentido para a realidade de trabalho desses desenvolvedores. Não adianta apenas ir no modo "CTRL C e CTRL V". Essa introdução precisa visar o contexto no qual será aplicado.

Essa ação deveria partir da empresa ou dos próprios colaboradores? No meu entendimento pode partir de ambas as pontas. Mas no caso de ser um processo de cima para baixo, há a necessidade da empresa mostrar aos seus colaboradores a razão dessa ação, seu motivo de ser, suas vantagens, para que haja um alinhamento, mesmo que mínimo. Fazer um workshop, chamar as pessoas para conversarem, tirar dúvidas, propor o estudo sobre o tema.

Quais são os entraves que devs juniores (que "nasceram" no cenário ágil) enfrentarão para conseguir introduzir sua cultura de desenvolvimento, caso entrem em equipes enraizadas em métodos de cascata? Nesse caso, ao meu ver, um dos entraves que pode surgir é a tentativa de uma imposição do ágil sobre o cascata por parte de quem 'nasceu' no cenário de agilidade. As pessoas não vão querer estar abertas à mudança se sentirem simplesmente pressionadas. E principalmente se enxergarem essa transformação como mera cópia de um modelo de agilidade, pois cada situação é uma e a introdução do ágil tem que estar atenta às particularidades daquela empresa, daquele setor e etc.

Espero que isso possa ser útil!

Te desejo um ótimo estudo.

Abraços.

Oi Daniela,

Tudo ótimo e contigo?

Obrigada pelas respostas, confirmaram o meu raciocínio. Acima de qualquer coisa uma boa comunicação entre toda a equipe é fundamental para que seja possível identificar as necessidades e peculiaridades de cada projeto, só possuindo essa clareza é que podemos tomar qualquer decisão em relação a quais ferramentas e metodologias utilizar para melhorar nosso processo de desenvolvimento. Bom papo, obrigada!

Abraço.