Um dos desafios de algumas empresas que querem migrar para Cloud é convencer as lideranças e as áreas de negócio da empresa de que o custo vale a pena.
Imagine uma empresa fictícia que já construiu datacenters, ou seja, que já fez investimentos pesados em cloud privada (on premises), com custos já contabilizados em CAPEX. Os times que já operam nessas infraestruturas de cloud privada acabam não vendo este custo, uma vez que ele é CAPEX, e está diluído em investimento de infraestrutura/ativos que a empresa fez de forma geral.
A partir do momento em que você vai para o cloud, o custo vira OPEX, e quem paga é o próprio time que vai usar os recursos de infraestrutura. As áreas de negócio desses times, que antes não precisavam se preocupar com os custos, ficam se perguntando, porque eu preciso ter esse novo custo (se eu nunca tive)?
Numa visão mais gerencial desta empresa, para quem gere os custos dessa empresa, o cara também se pergunta: eu já fiz investimentos pesados em infraestrutura (CAPEX), com a construção de datacenters que deveriam me atender por 5, 10, 15 anos. Agora estou migrando pra cloud pública e pagando também o custo da cloud pública. Eu já tenho os datacenters e não tenho planos de descomissiona-los. Vou pagar dobrado?
Algumas empresas se veem nesse dilema. Se a empresa não tiver um direcionamento estratégico para uso de cloud pública, se ela não sabe quais os reais benefícios de usar uma AWS, GCP, Azure, as áreas de negócio dos diferentes departamentos desta empresa vão frear o investimento de OPEX em novos projetos e vão querer continuar usando o CAPEX, freando a migração para a cloud pública.
Uma empresa que decide o que fazer baseada em custos, pode tender a continuar operando no On Premises, comprometendo a sua própria capacidade de geração de valor para os clientes, uma vez que a cloud pública geralmente dá a possibilidade de gerar valor muito mais rapidamente para os clientes. Isso pode afetar a geração de resultados atuais e futuros da companhia.
