Olá, Igor, tudo bem?
Para explicar um pouco mais sobre essa lógica de como definir a hipótese nula (H0) e a hipótese alternativa (H1) em nossos testes, vamos fazer uma analogia de julgamento em um tribunal, semelhante a um exemplo presente no Wikipédia.
Se levarmos em conta que um réu é inocente até que se prove o contrário, quando houver provas suficientes ele será condenado. Para tal, o promotor é responsável em tentar provar a culpa do réu. Nesse caso, do ponto de vista do nosso promotor qual seria a nossa hipotése nula?
Como no início do julgamento as provas ainda não são suficientes a nossa hipótese nula é que o H0 = réu não é culpado
assim, o promotor age para refutar essa hipótese trazendo em suas provas a hipótese alternativa H1 = reu é culpado
.
Traçando um paralelo com o crescimento do cabelo a hipótese nula é o que queremos refutar, ou seja, H0 = o cabelo não cresce acima de 2 cm
e a nossa hipótese alternativa é o que os promotores do produto querem comprovar que seria H1= o cabelo cresce acima de 2 cm
.
Assim como num julgamento em que não podemos comprovar 100% a inocência ou a culpa de um réu, mas pautar-se no julgamento do júri como um todo, na probabilidade tecemos as hipóteses prováveis de se ocorrer, sendo essas hipóteses complementares.
A hipótese nula está em um contexto de igualdade H0: μ = 2
ou contendo o valor de referência H0: μ ≤ 2
ou H0: μ ≥ 2
. Já a hipótese alternativa está em um contexto de desigualdade H1: μ ≠ 2
ou não contendo o valor de referência H1: μ > 2
ou H1: μ < 2
.
O caso de exemplo satisfaz essas condições, com a hipótese nula sendo H0: μ1 - μ2 ≤ 2
e a hipótese alternativa sendo H1: μ1 - μ2 > 2
. Ou seja, havia um motivo para acreditar que a diferença entre as médias era maior do que 2, e isso seria obtido rejeitando a hipótese de que a diferença entre as médias não é maior que 2.
Espero que tenha ajudado a compreender esse conceito, mas qualquer dúvida é só chamar!
Abraços e bons estudos!