"'Como as pessoas se sentem?'' | Comunicação não violenta: consciência para agir

Milena: é uma pessoa que se incomoda em ter que atender pedidos, não é uma pessoa que se dispõe em ajudar. Eu já passei por situações parecidas, de buscar ajuda, perguntar novamente algo que me causava uma certa insegurança por não ter tanta prática e conhecimento, e ter uma resposta como essa atravessada, de imediato me culpava, concordando que eu não prestei atenção, com um sentimento de não sou boa o bastante por isso ela tem me tratado assim. Sempre tentando justificar o mal trato do outro. E isso é realmente ruim, já me vi me fechada, evitando de perguntar pra não incomodar, ou pra não receber esse tipo de resposta. Realmente o equilibrio deveria existir, mas sabemos que na maioria das vezes, ninguém está interessado em como o outro se sente.

Olá, Tabata! Entendo sua preocupação e insegurança, é normal se sentir assim quando estamos lidando com pessoas que não demonstram empatia ou paciência.

Quando nos deparamos com esse tipo de situação, a CNV sugere que devemos expressar nossos sentimentos e necessidades de maneira clara e objetiva, sem culpar ou criticar o outro. Por exemplo, em vez de dizer "Você me trata mal", poderíamos dizer "Eu me sinto desconfortável quando você responde minhas perguntas de maneira ríspida. Eu preciso de paciência e compreensão para aprender e melhorar no meu trabalho".

Isso não significa que a outra pessoa irá mudar seu comportamento imediatamente, mas ao menos estamos expressando nossos sentimentos e necessidades de maneira assertiva e não violenta.

Todos nós temos dias ruins e todos nós podemos melhorar nossa comunicação. A CNV é uma jornada, não um destino. Espero ter ajudado e bons estudos!