A origem da agilidade está profundamente ligada ao desenvolvimento de software e surgiu como uma resposta à rigidez dos métodos tradicionais de gestão de projetos. No entanto, um dos pontos mais controversos desse conceito foi a interpretação equivocada de que processos e ferramentas não seriam mais necessários, o que gerou confusões e resistência na adoção das práticas ágeis. O Manifesto Ágil, ao afirmar que "indivíduos e interações são mais importantes que processos e ferramentas", não nega a importância destes últimos, mas propõe uma hierarquia de prioridades. Ferramentas e processos são fundamentais para a organização e execução do trabalho, porém, não devem substituir a comunicação humana e a colaboração ativa dentro das equipes. Essa percepção é essencial, já que projetos bem-sucedidos dependem tanto de uma estrutura sólida quanto de uma equipe integrada e capaz de se adaptar. Essa abordagem valoriza a flexibilidade e incentiva um ambiente onde o diálogo aberto, a troca constante de informações e a resolução conjunta de problemas são prioridades. No entanto, para que esse modelo funcione, é necessário equilíbrio: sem ferramentas, a organização e o controle podem se perder; sem interações humanas eficazes, mesmo as melhores ferramentas serão subutilizadas.