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A não gratuidade de um software não infringi a liberdade de distribuição?

Gostaria de entender como um software livre não gratuito não quebra a liberdade de distribuição.

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Olá, Jâmison!

Essa é uma dúvida comum quando se começa a entender o conceito de software livre. A liberdade de distribuição de um software livre não está necessariamente ligada à sua gratuidade. Vamos explorar isso um pouco mais.

Um software livre é definido pelas suas liberdades, que são:

  1. A liberdade de executar o programa para qualquer propósito.
  2. A liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo às suas necessidades (o acesso ao código-fonte é um pré-requisito para isso).
  3. A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao próximo.
  4. A liberdade de melhorar o programa e liberar suas melhorias, de modo que toda a comunidade se beneficie (o acesso ao código-fonte é um pré-requisito para isso).

Essas liberdades não implicam que o software deve ser gratuito. Um desenvolvedor pode cobrar pelo software, mas ainda assim fornecer o código-fonte e permitir que os usuários exerçam as liberdades mencionadas.

Por exemplo, imagine que você desenvolva um software e decida vendê-lo. As pessoas que compram o software têm o direito de distribuir cópias dele (inclusive gratuitamente, se quiserem), modificar o código-fonte, e até mesmo vender essas modificações. O que você está vendendo é o serviço de distribuição inicial, mas não está restringindo as liberdades dos usuários em relação ao software.

Richard Stallman, o fundador do movimento de software livre, explica isso com a analogia de "liberdade como em liberdade de expressão, não como em cerveja grátis". Ou seja, o foco está na liberdade de uso, modificação e distribuição, e não no custo financeiro do software.

Espero ter ajudado e bons estudos!